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LANÇAMENTOS

Polêmica: Zezé Di Camargo acusa SBT de 'se prostituir' e pede boicote ao especial

O cantor Zezé Di Camargo publicou um vídeo nas redes sociais na madrugada desta segunda-feira (15/12) pedindo publicamente ao SBT que cancele a exibição de seu especial de Natal "É Amor", gravado anteriormente e previsto para ir ao ar no dia 17 de dezembro. O motivo é a discordância com o posicionamento recente da emissora, especialmente após a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice Geraldo Alckmin, de ministros como Alexandre de Moraes e outros autoridades na inauguração do canal SBT News, na sexta-feira (12/12).

Zezé criticou indiretamente as filhas de Silvio Santos (fundador do SBT, falecido em 2024), alegando que elas estão adotando uma postura diferente da do pai e que a emissora estaria "se prostituindo". Ele afirmou que o evento não reflete suas convicções pessoais e que não quer decepcionar fãs nem se associar à atual direção do canal, apesar de expressar carinho pelo SBT.

Em resposta, a presidente do SBT, Daniela Abravanel Beyruti, publicou uma carta aberta defendendo o jornalismo imparcial, plural e sem partido do novo canal, destacando que o evento reuniu representantes dos Três Poderes para refletir o respeito às instituições. A emissora decidiu manter a exibição do especial, por já ter compromissos comerciais assumidos, apesar do pedido do cantor.

A polêmica gerou repercussão nas redes, com apoio de bolsonaristas a Zezé e críticas à sua declaração.

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Flávio Bolsonaro denuncia Lulinha ao TCU: indícios de fraudes bilionárias

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) protocolou nesta segunda-feira (15/12) uma representação no Tribunal de Contas da União (TCU) pedindo auditoria urgente no INSS e no Ministério da Previdência Social para apurar possíveis irregularidades envolvendo Fábio Luís Lula da Silva (Lulinha), filho mais velho do presidente Lula (PT).

A ação se baseia em indícios de ligação entre Lulinha e o empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, investigado na CPMI do INSS por suposto esquema de fraudes e desvios bilionários em benefícios de aposentados e pensionistas. Testemunhas, como Edson Claro, relataram pagamentos suspeitos a Lulinha, incluindo uma “mesada” mensal de cerca de R$ 300 mil e valores que somariam R$ 25 milhões, sem contrato formal conhecido.

Flávio solicita que o TCU investigue:

  • Possível favorecimento indevido, conflito de interesses e uso irregular da máquina pública.
  • Eventual responsabilidade direta ou indireta do presidente Lula, devido ao vínculo familiar.
  • Atuação do Sindicato Nacional dos Aposentados (Sindnapi), onde Frei Chico (irmão de Lula) é vice-presidente, e que também é alvo de investigação da PF.

A iniciativa vem após a CPMI do INSS rejeitar (em 4/12) a convocação de Lulinha para depoimento, por 12 a 9 votos (ou variantes reportadas). O TCU ainda não decidiu sobre a abertura de processo.

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Bolsonaro corre risco de estrangulamento intestinal, alerta laudo médico

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), preso na Superintendência da Polícia Federal em Brasília desde novembro, protocolou nesta segunda-feira (15/12) novo pedido ao ministro Alexandre de Moraes (STF) para autorização urgente de cirurgia de herniorrafia inguinal bilateral (correção de hérnias nas duas virilhas), internação hospitalar de 5 a 7 dias e transferência para prisão domiciliar humanitária.

Segundo laudo médico anexado (baseado em ultrassom realizado no domingo, 14/12, dentro da PF), Bolsonaro apresenta hérnias inguinais bilaterais com protrusão de alça intestinal, agravadas por crises frequentes de soluço (sequela da facada de 2018). Esses soluços aumentam a pressão abdominal, elevando significativamente o risco de encarceramento ou estrangulamento intestinal — complicação grave que pode exigir cirurgia emergencial com riscos muito maiores.

Os advogados argumentam que o quadro clínico evoluiu de forma objetiva, tornando a intervenção imediata necessária para evitar agravamento súbito. Anteriormente, Moraes havia determinado perícia médica oficial pela PF em até 15 dias para avaliar a real urgência.

A notícia é amplamente repercutida como estratégia da defesa para obter regime domiciliar, com base em relatórios médicos privados.

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Petroleiros entram em greve por tempo indeterminado em todo o Brasil

Os trabalhadores do Sistema Petrobras deflagraram greve nacional por tempo indeterminado a partir da zero hora desta segunda-feira (15/12), após rejeitarem a contraproposta da empresa para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). A paralisação, coordenada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) e apoiada também pela Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), tem forte adesão em plataformas, refinarias, terminais e unidades administrativas em todo o país.

No primeiro dia, houve entrega de operações em plataformas no Espírito Santo, Norte Fluminense e Terminal de Coari (AM, com 100% de adesão), além de corte de rendição de turno em pelo menos seis refinarias (como Replan-SP, Revap-SP, Regap-MG, Reduc-RJ, Recap-SP e Repar-PR). A greve envolve cerca de 25 mil trabalhadores da FUP (61% das unidades) e mais de 50 mil da FNP (80% da produção de petróleo).

Principais reivindicações (três eixos centrais):

  • Distribuição justa da riqueza: ACT digno, com ganho real acima da inflação, sem retrocessos e plano de cargos isonômico.
  • Fim definitivo dos Planos de Equacionamento de Déficit (PEDs) da Petros, que causam descontos pesados em salários de ativos, aposentados e pensionistas.
  • "Pauta pelo Brasil Soberano": suspensão de desimplantes forçados, demissões e privatizações no setor de Exploração & Produção (E&P).

A categoria critica a gestão de Magda Chambriard por oferecer apenas 0,5% de ganho real e ignorar pontos centrais, apesar dos lucros bilionários da Petrobras (R$ 37,3 bilhões em dividendos só nos primeiros nove meses de 2025).

Incidentes: Na Refinaria Duque de Caxias (Reduc-RJ), dirigentes sindicais foram detidos pela PM (acionada pela empresa), em episódio classificado como repressão ao direito de greve; eles foram liberados horas depois. Paralelamente, aposentados mantêm vigília por tempo indeterminado na sede da Petrobras no Rio de Janeiro.

Posição da Petrobras: A empresa ativou planos de contingência e afirmou que a greve não impacta a produção ou o abastecimento de combustíveis no momento.

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Fake news desmentida: atestados de papel não perdem validade em 2026

 O Conselho Federal de Medicina (CFM) esclareceu que os atestados médicos em papel continuarão válidos em 2026, desmentindo boatos e fake news que circulavam nas redes sociais. Essas publicações falsas alegavam que, a partir de março de 2026, apenas atestados digitais seriam aceitos, e que documentos em papel perderiam validade para justificar ausências no trabalho ou outros fins.

De acordo com nota oficial do CFM, não há nenhuma mudança na legislação que torne obrigatória a emissão exclusiva por meios digitais. Tanto atestados físicos (em papel) quanto digitais permanecem plenamente válidos e aceitos em todo o território nacional, para contextos trabalhistas, previdenciários e assistenciais.

O confusão surgiu em torno da plataforma Atesta CFM, criada para emitir, validar e verificar atestados de forma digital, com o objetivo de combater fraudes (como falsificações). A implementação dessa plataforma está judicialmente suspensa, sem previsão de entrada em vigor. Mesmo quando for liberada, ela contemplará tanto documentos digitais quanto impressos, e não eliminará a validade dos atestados em papel tradicionais.

Fontes confiáveis como G1, UOL, O Tempo e Aos Fatos confirmam o desmentido do CFM e classificam as informações contrárias como boatos.

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NÃO ERA PELOS DIREITOS HUMANOS, NEM PELA JUSTIÇA: Trump perdoa Moraes e prova que era só interesses americanos!

 Em um golpe duro e inesperado para milhões de brasileiros que depositavam esperanças em Donald Trump como aliado na luta pela liberdade de expressão e contra a perseguição política no Brasil, o governo dos Estados Unidos anunciou nesta sexta-feira (12) a retirada das sanções impostas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, à sua esposa Viviane Barci de Moraes e ao Instituto Lex, empresa da família.

As sanções, aplicadas em julho de 2025 sob a Lei Global Magnitsky, foram justificadas na época como punição por "graves abusos de direitos humanos", incluindo detenções arbitrárias, supressão da liberdade de expressão e uma "caça às bruxas" contra opositores políticos – com destaque para o processo que levou à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos de prisão por suposta tentativa de golpe e plano para envenenar Lula.

Trump, em pessoa, havia chamado o julgamento de Bolsonaro de "witch hunt" (caça às bruxas) e imposto tarifas de até 50% sobre produtos brasileiros, alegando defesa da democracia e dos direitos humanos. Milhões de conservadores brasileiros celebraram, vendo nisso um apoio real à direita e à luta contra o que chamavam de ditadura judicial no STF.

Mas hoje, em apenas cinco meses, tudo desmoronou. O Departamento do Tesouro dos EUA removeu Moraes e sua família da lista de sancionados, declarando que manter as medidas "não é mais consistente com os interesses de política externa dos Estados Unidos". Fontes oficiais americanas ligaram a decisão à aprovação recente de um projeto de lei de anistia na Câmara dos Deputados brasileira – que pode beneficiar condenados pelos eventos pós-eleições de 2022, incluindo aliados de Bolsonaro – e à melhora nas relações comerciais com o governo Lula, com redução de tarifas em novembro.

Sim, leitor: enquanto Bolsonaro permanece preso, condenado a 27 anos por tramar um golpe e plano para envenenar Lula, Trump negociou diretamente com Lula. Telefonemas, elogios na ONU, reuniões e acordos comerciais culminaram no perdão a Moraes. O que era vendido como cruzada por democracia e justiça revelou-se puro pragmatismo: interesses econômicos e geopolíticos americanos acima de tudo.

Resta saber o que foi negociado em troca. O que Lula entregou ao governo americano? Foi apenas a aprovação dessa anistia "na direção certa", como disse um oficial de Trump, ou há mais por trás? Concessões comerciais secretas? Alinhamento em questões internacionais? Ou simplesmente o Brasil cedendo para evitar mais tarifas e isolamento? A direita brasileira, que via em Trump um salvador, foi usada como moeda de troca em negociações bilaterais.

Eduardo Bolsonaro expressou "pesar" com a notícia, agradecendo o "apoio demonstrado", mas o amargo sabor da traição é inegável. A direita foi apunhalada pelas costas por quem jurava ser aliado.

Não era sobre direitos humanos. Não era sobre democracia verdadeira ou justiça imparcial. Era sobre tarifas, comércio e poder. Trump aqueceu relações com Lula e jogou no lixo o apoio que prometia aos patriotas brasileiros.

Acorda, Brasil! Salvadores estrangeiros não existem. A luta pela liberdade, contra a censura e pela verdadeira democracia é nossa, e só nossa. Bolsonaro e milhões de conservadores foram traídos. Chega de ilusões: a batalha continua aqui, nas ruas, nas urnas e na resistência diária.

A direita foi traída. Mas não será derrotada.

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Polêmica no STF: Alexandre de Moraes Anula Decisão da Câmara e Mantém Cassação de Carla Zambelli

Por Redação Sintonize o Som | Pernambuco | 11 de dezembro de 2025

Em um desfecho que reacende o eterno embate entre os Poderes da República, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), anulou nesta quinta-feira (11) a votação da Câmara dos Deputados que havia rejeitado a cassação do mandato da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). A decisão, proferida em caráter monocrático, determina a perda imediata do cargo da parlamentar, condenada a 10 anos de prisão por crimes graves contra o Estado Democrático de Direito, e ordena a posse do suplente em até 48 horas. O caso, que envolve invasão hacker a sistemas judiciais e uma fuga internacional, expõe as fissuras entre Legislativo e Judiciário – e, de quebra, vira trilha sonora para debates acalorados nas redes e nos corredores do Congresso.

O Contexto da Condenação: De Deputada Bolsonarista a Foragida Internacional

Carla Zambelli, conhecida por seu alinhamento ferrenho ao ex-presidente Jair Bolsonaro e por postagens polêmicas nas redes sociais, foi condenada em maio de 2025 pela Primeira Turma do STF, por unanimidade, a 10 anos de reclusão em regime fechado. O crime? Coordenação de uma invasão cibernética ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2023, ao lado do hacker Walter Delgatti Neto – o mesmo que já havia se tornado figura central em escândalos como o das "fake news" contra Moraes. O objetivo da trama, segundo a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), era inserir documentos falsos, incluindo um mandado de prisão fictício contra o próprio ministro Alexandre de Moraes, com o fito de desestabilizar as instituições.

Delgatti, em depoimento, apontou Zambelli como a "autora intelectual" da operação, descrevendo-a como uma ação "premeditada e organizada" para minar a credibilidade do Judiciário. A defesa da deputada rebateu, alegando que as provas se baseavam apenas em delações premiadas, mas o STF, com votos de Moraes, Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux, rejeitou os recursos e declarou o trânsito em julgado em junho. Resultado: suspensão imediata dos direitos políticos e perda automática do mandato, conforme o artigo 55, inciso VI, da Constituição Federal.

Fugindo de um mandado de prisão, Zambelli foi detida em julho na Itália, onde possui dupla cidadania. Lá, aguarda extradição – com audiência marcada para o dia 18 deste mês. Enquanto isso, o Brasil pressiona Roma via Itamaraty, e o Ministério Público italiano já emitiu parecer favorável ao envio.

A Manobra da Câmara: Votação na Madrugada e o "Não" à Cassação

A polêmica explodiu na Câmara dos Deputados na madrugada de 11 de dezembro. A Mesa Diretora, obrigada a analisar a condenação do STF, encaminhou o caso ao plenário após aprovação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), por 32 a 2. Mas, em uma sessão tensa e repleta de discursos inflamados, a Casa rejeitou a cassação: 227 votos a favor (insuficientes para o quórum qualificado de 257 entre 513 deputados), 170 contra e 10 abstenções. Aliados de Zambelli, majoritariamente da base bolsonarista, celebraram a vitória como "defesa da independência do Legislativo", com figuras como o deputado Diego Garcia (Republicanos-PR) argumentando que a votação era um "juízo político" soberano.

O líder do PT, Lindbergh Farias (RJ), não engoliu: protocolou mandado de segurança no STF, questionando como uma condenada em regime fechado poderia exercer o mandato – "exigindo presença no plenário e nas comissões", ironizou. A votação, vista por críticos como uma "manobra imoral" para proteger uma fugitiva, durou horas e dividiu a base governista, com abstenções que selaram o impasse.

A Intervenção de Moraes: "Ato Nulo por Inconstitucionalidade"

Não demorou para o STF reagir. Relator do caso desde o início, Alexandre de Moraes, conhecido por decisões firmes contra ameaças à democracia (como nos inquéritos das fake news e dos atos antidemocráticos), declarou a deliberação da Câmara "nula por evidente inconstitucionalidade". Em seu despacho, o ministro foi cirúrgico: "A perda de mandato em casos de condenação criminal transitada em julgado é automática e de competência exclusiva do Judiciário. Cabe à Mesa da Câmara apenas formalizar o ato, de forma vinculada e declaratória – não submeter a voto político". Ele citou precedentes desde o Mensalão (Ação Penal 470, 2012) e casos como os de Paulo Maluf e Ivo Cassol, reforçando que a Constituição não permite "desvio de finalidade" ou violação aos princípios de legalidade e moralidade.

Moraes determinou que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), edite ato declaratório da vacância e emposse o suplente Adilson Barroso (PL-SP) – conhecido como Coronel Tadeu – em até 48 horas, sob pena de descumprimento de ordem judicial. Para referendar a medida, convocou sessão virtual da Primeira Turma na sexta-feira (12), das 11h às 18h. "É o Judiciário quem determina a perda; o Legislativo, quem declara", resumiu.

Reações: De Elogios à "Vitória da Democracia" a Gritos de "Ativismo Judicial"

A decisão de Moraes ecoou como um trovão nas redes sociais e na política. De um lado, progressistas e juristas aplaudiram: a deputada Laura Sito (PT-RS) chamou de "vitória do povo brasileiro", enquanto o deputado Ivan Valente (Psol-SP) destacou que "a democracia não se curva ao golpismo". Perfis como @ocafezinho e @sputnik_brasil viram na anulação uma "restauração da ordem constitucional", com memes comparando a Câmara a uma "banda desafinada" tentando ignorar o regente (o STF).

Do outro, bolsonaristas e oposicionistas acusam "interferência excessiva". Aliados de Zambelli, como em postagens do @revoltadoonline, lamentam uma "invasão ao Legislativo", ecoando o discurso de "ativismo judicial" que Moraes tanto combate. O caso de Zambelli não é isolado: ele se soma a outro processo contra ela por porte ilegal de arma, também com perda de mandato prevista, e reacende debates sobre limites entre poderes – tema que, ironicamente, Zambelli tanto explorou em lives e posts.

O Que Vem Por Aí: Extradição, Posse e o Som da Discórdia Política

Com a cassação efetivada, Coronel Tadeu assume a vaga, alterando o equilíbrio na bancada paulista do PL. Zambelli, presa em Roma, segue sem mandato – e sem direitos políticos enquanto durar a pena. A extradição, se aprovada, a traria de volta para cumprir a sentença no Brasil. Enquanto isso, o episódio soa como uma sinfonia desafinada na política nacional: de um lado, a defesa intransigente da Constituição; do outro, clamores por "autonomia legislativa". No Sintonize o Som, ficamos atentos ao próximo compasso – porque, nessa orquestra republicana, ninguém sai ileso do solo.

Fontes: STF, Agência Brasil, CNN Brasil, O Globo e postagens recentes no X (antigo Twitter). Imagens: Reprodução/Agência Brasil.



Salário mínimo sobe só R$ 103 e vai para R$ 1.621 em 2026: aumento real vira pó com inflação

Nesta quarta-feira (10/12/2025), o Ministério do Planejamento e Orçamento confirmou o reajuste do salário mínimo para R$ 1.621 a partir de janeiro de 2026 (com pagamento efetivo em fevereiro), um aumento de R$ 103 em relação aos atuais R$ 1.518 – equivalente a 6,79%. O valor final resulta de R$ 1.620,99 calculado, arredondado conforme lei, após divulgação do INPC pelo IBGE, que registrou 0,03% em novembro e acumula 4,18% em 12 meses.

Principais Pontos do Reajuste:

  • Cálculo: Pela regra constitucional (art. 7º, IV, da CF/88, válida até 2023 e mantida em discussões), combina correção pela inflação (INPC de 2025) + ganho real limitado pelo PIB de 2024 (3,4%, mas arcabouço fiscal restringe a 0,6%-2,5%). O resultado é inferior à estimativa inicial da LDO 2026 (R$ 1.627).
  • Impacto fiscal: Cada R$ 1 de alta gera R$ 420 milhões extras em despesas; o aumento total custará cerca de R$ 43,2 bilhões em 2026, afetando contas públicas, incluindo revisão de projeções orçamentárias.
  • Benefícios vinculados:
    • Aposentadorias e pensões: 25,8 milhões de beneficiários do INSS (12,2 milhões acima do mínimo) terão reajuste pelo INPC acumulado até dezembro (ainda pendente).
    • BPC: Valor mensal sobe para R$ 1.621; limite para elegibilidade (renda per capita familiar) cai para 25% do mínimo (R$ 405,25), com exceções até 50% (R$ 810,50).
    • Seguro-desemprego: Primeira faixa mínima passa a R$ 1.621.
    • PIS/Pasep: Regras de elegibilidade mudam em 2026, mas valor segue o piso.
    • Margem consignável: Limite sobe para R$ 567,35 (35% do mínimo); para BPC, R$ 486,30 (30%).

Contexto e Perspectivas:

O reajuste beneficia diretamente 59,9 milhões de pessoas (Dieese), mas é criticado por ficar aquém do necessário para sustento familiar – o Dieese estima R$ 7.158 para uma família de quatro em SP. Há debates sobre desvincular benefícios previdenciários do mínimo para equilibrar contas fiscais, sem ganho real acima da inflação. O governo Lula prioriza a valorização, mas o arcabouço fiscal impõe limites. O valor será oficializado na LOA 2026; INPC de dezembro (divulgado em janeiro) ajustará benefícios adicionais

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Copom joga balde de água fria: Selic fica em 15% e corta qualquer esperança de juros mais baixos em 2025

 

Nesta quarta-feira (10/12/2025), em sua última reunião do ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil decidiu, por unanimidade, manter a taxa Selic em 15% ao ano pela quarta vez consecutiva. Esse é o maior patamar desde julho de 2006 (quando estava em 15,25% a.a.), refletindo uma postura conservadora para conter a inflação persistente, apesar da desaceleração econômica e de pressões do governo Lula por cortes nos juros.

Principais Pontos da Decisão:

  • Inflação em foco: A inflação segue em trajetória de arrefecimento, mas ainda acima da meta de 3% (com tolerância de 1,5 p.p.). Projeções do Copom revisadas: IPCA de 4,4% em 2025 (abaixo do teto de 4,5%) e 3,5% em 2026 (acima do centro da meta). Expectativas de mercado (Focus) indicam 4,4% para 2025 e 4,2% para 2026.
  • Atividade econômica: Há moderação no crescimento do PIB (avançou apenas 0,1% no 3º trimestre), mas resiliência no mercado de trabalho (desemprego em 5,4%, menor nível histórico). O Copom destaca expectativas "desancoradas" e pressões em preços como energia e alimentos.
  • Comunicado duro: Sem sinalização de corte iminente, o comitê reforça a necessidade de uma política "significativamente contracionista por período bastante prolongado" para convergir a inflação à meta. Cortes são adiados para 2026, possivelmente no primeiro trimestre, ampliando a diferença de juros com os EUA (que cortou recentemente).
  • Impacto nos mercados: A decisão era esperada, mas o tom hawkish (duro) frustrou expectativas de flexibilização, jogando "água fria" nos investidores. A Selic serve de referência para crédito e investimentos, influenciando empréstimos, poupança e títulos públicos.

Contexto e Perspectivas:

A manutenção ocorre em meio a um cenário externo incerto (como o "shutdown" nos EUA) e interno de PIB fraco, mas com riscos fiscais e cambiais (dólar em R$ 5,35 no cenário de referência). O Copom enfatiza vigilância e readiness para ajustes se necessário. A próxima reunião será em 27-28/01/2026. Analistas preveem Selic em 12,25% ao fim de 2026, mas o ano eleitoral pode complicar reduções. O BC prioriza a credibilidade anti-inflacionária, evitando descumprimento da meta contínua (instituída em 2025).

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Gilmar recua e devolve ao povo o direito de pedir impeachment de ministros do STF

Nesta quarta-feira (10/12/2025), o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu parcialmente sua própria liminar de 3 de dezembro, que havia alterado trechos da Lei do Impeachment (Lei 1.079/1950) relativos ao afastamento de ministros da Corte. A decisão atende a um pedido da Advocacia do Senado, visando abrir diálogo institucional e aguardar a votação no Congresso de um projeto de lei que atualize o rito de impeachment (PL 1.388/2023, de autoria do senador Rodrigo Pacheco - PSD-MG).

Principais Mudanças:

  • Suspensão da exclusividade da PGR: Gilmar recuou no ponto que reservava apenas à Procuradoria-Geral da República (PGR) o direito de apresentar denúncias por crime de responsabilidade contra ministros do STF. Agora, qualquer cidadão ou entidade pode protocolar pedidos diretamente ao Senado, restaurando a prática anterior.
  • Quórum mantido: A exigência de 2/3 dos senadores (em vez de maioria simples, ou 21 votos) para abertura do processo no Senado permanece em vigor, visando proteger a vitaliciedade e a independência judicial.
  • Julgamento adiado: O referendo da liminar, previsto para 12/12 no plenário virtual, foi retirado de pauta e transferido para sessão presencial, com data a ser definida pelo presidente do STF, Edson Fachin (provavelmente em 2026).

Contexto e Impacto:

A liminar inicial visava equilibrar os poderes, evitando abusos com quórum baixo e legitimidade ampla para denúncias, que poderiam comprometer o Judiciário. A suspensão é vista como um gesto de harmonia entre STF e Legislativo, catalisado pela reação do Parlamento e pelo avanço do PL no Senado, que discute regras mais claras, incluindo a proibição de usar o mérito de decisões judiciais como base para impeachment. Presidentes recentes do Senado, como Rodrigo Pacheco e Davi Alcolumbre, foram elogiados por Gilmar por sua postura "prudente" ao arquivar pedidos sob pressão política.

O caso tramita nas ADPFs 1259 e 1260, ajuizadas pelo partido Solidariedade e pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB). Até o momento, não há indícios de processos ativos contra ministros específicos, mas a decisão reforça o debate sobre accountability e separação de poderes no Brasil.

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